quarta-feira, 15 de março de 2017

ISAÍAS 28

1. Ai da coroa altiva dos bêbados de Efraim e da flor murcha do seu enfeite elegante, que está sobre a cabeça do vale fértil dos dominados pelo vinho. 2. O Senhor tem um homem valente e poderoso que a derrubará por terra violentamente. Ele é como tempestade de saraiva, tormenta destruidora, como tempestade de águas impetuosas que transbordam. 3. A coroa altiva dos bêbados de Efraim será pisada com os pés; 4. e a flor murcha do seu enfeite elegante, que está sobre a cabeça do vale fértil, será como figo que amadurece antes do verão, que é devorado e engolido assim que alguém o vê. 5. Naquele dia o SENHOR dos Exércitos será coroa de glória e formoso diadema para o restante de seu povo; 6. e será espírito de juízo para quem se assenta para julgar, fortaleza para quem impede que a batalha passe pela porta. 7. Mas estes cambaleiam também por causa do vinho e se desencaminham com a bebida forte; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos de vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram nas visões e tropeçam nos julgamentos. 8. Pois todas as suas mesas estão cheias de vômito, e não há lugar limpo. 9. A quem ele ensinará o conhecimento? A quem fará entender a mensagem? Aos desmamados? Aos recém-tirados do peito? 10. É preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali. 11. Na verdade ele falará com lábios que gaguejam e por língua estranha a este povo, 12. ao qual disse: Este é o lugar de descanso, deixai o cansado descansar; e este é o lugar de repouso; mas eles não quiseram ouvir. 13. Assim, a palavra do SENHOR lhes será preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali; para que possam ir, cair para trás, machucar-se, ser enlaçados e capturados. 14. Ó zombadores, que dominais este povo que está em Jerusalém, ouvi a palavra do SENHOR. 15. Pois dizeis: Fizemos uma aliança com a morte e um acordo com a sepultura; quando a calamidade destruidora vier, não nos atingirá, pois fizemos da mentira o nosso refúgio e nos escondemos sob a falsidade. 16. Portanto, assim diz o Senhor Deus: Ponho em Sião uma pedra como alicerce, pedra aprovada, pedra angular preciosa, de firme fundamento; aquele que crer nunca será abalado. 17. E farei do juízo a linha de medir e da justiça, o prumo; e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas inundarão o esconderijo. 18. A vossa aliança com a morte será anulada; e o vosso acordo com a sepultura não subsistirá; e, quando vier a calamidade destruidora, sereis abatidos por ela. 19. Todas as vezes que vier, ela vos levará, porque passará a cada manhã, de dia e de noite; só ouvir tal notícia será motivo de terror. 20. A cama é tão curta que ninguém consegue se deitar, e o cobertor, tão estreito que ninguém consegue se cobrir. 21. O SENHOR se levantará como no monte Perazim, mostrará sua ira como no vale de Gibeão, para realizar a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu feito, o seu estranho feito. 22. Agora, não fiquem zombando, para que as vossas correntes não se tornem mais fortes; porque veio uma ordem de destruição total e decretada sobre toda a terra, da parte do Senhor, o SENHOR dos Exércitos. 23. Inclinai os ouvidos e ouvi a minha voz; escutai e ouvi o meu discurso. 24. Por acaso o lavrador que semeia lavra sem parar? Fica cavando e gradeando a terra? 25. Não é assim! Depois de nivelar a superfície, ele espalha o endro, semeia o cominho, lança o trigo em eiras, a cevada no lugar determinado e a espelta na margem. 26. Pois o seu Deus o instrui como devia e lhe ensina. 27. Porque o endro não se trilha com instrumento de trilhar, nem sobre o cominho passa a roda de carro; mas o endro é debulhado com uma vara, e o cominho, com um pau. 28. Por acaso o trigo é esmiuçado? Não! Não se trilha todo tempo, nem se tritura com as rodas do seu carro, e os seus cavalos não o esmiúçam. 29. Isso procede do SENHOR dos Exércitos, que é maravilhoso em conselho e grande em sabedoria.